Na manhã desta sexta-feira, 25, a deputada federal pernambucana, Marília Arraes, confirmou a sua filiação ao Solidariedade – deixando o Partido dos Trabalhadores – ao qual era filiada desde 2016. Marília deve ser o nome do Solidariedade na disputa pelo governo de Pernambuco, importante reduto político de outro partido, o PSB.
A saída de Arraes do PT está ligada aos movimentos que partido vinha fazendo, a fim de conseguir o apoio do PSB no quadro nacional. Marília nunca escondeu o desejo de concorrer a chefia do executivo estadual. Em 2018 um acordo de cúpula rifou a candidatura da então petista. Naquele acordo, o PSB ficaria neutro no quadro nacional, e não lançaria candidato em Minas Gerais, por sua vez, o PT não colocaria Marília no páreo pernambucano.
Nas articulações que vinham ocorrendo este ano, Marília seria novamente rifada, no intuito de assegurar ao PSB o favoritismo na disputa de Pernambuco, assim, o partido de presidido por Carlos Siqueira ocuparia a vice na chapa nacional petista, provavelmente com Geraldo Alckmin. Nesse caminho, o PT chegou a divulgar uma chapa na qual Marília concorreria a uma vaga no Senado, algo que despertou ainda mais o desejo dela de deixar a legenda, pois, segundo relatado por ela em suas redes sociais, não houve nenhuma consulta prévia, a cúpula do partido tomou a decisão de modo monocrático.
Marília deixou o PT, mas segue apoiando a campanha do ex-presidente Lula, que deverá subir em seu palanque durante o período de campanha. A filiação dela ao Solidariedade contou com a presença do presidente da sigla, o também deputado federal, Paulinho da Força.
Pesquisas recentes não incluíram a política entre os nomes que buscam ocupar o Palácio do Campo das Princesas, sede do executivo pernambucano. Os próximos levantamentos já fazê-lo. No momento a corrida é liderada pela tucana Raquel Lyra, que aparece com 25,8% dos votos válidos, segundo dados da Paraná Pesquisas.
